“Pois também Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi imolado” (1Co 5.7)
Aproxima-se a semana chamada “santa” e, com ela, as celebrações da páscoa, com suas comidas tradicionais. Porém, qual é a importância de símbolos como o coelho, a colomba e o ovo de páscoa? Para nós, cristãos, nenhuma! Basta vermos na Bíblia que o povo hebreu celebrou a Páscoa, inicialmente, na saída histórica de Israel da escravidão do Egito. Um cordeiro foi imolado e seu sangue foi passado no batente das portas das casas dos israelitas.
Portanto, não há referências a coelhos, colombas e ovos de páscoa. A Bíblia diz que, na noite em que todo primogênito egípcio foi morto, os israelitas foram poupados pelo sangue do cordeiro. A Páscoa judaica apontava para Jesus, o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. Jesus é o nosso Cordeiro pascal. No Cenáculo, Ele inaugurou o sacramento da Ceia e firmou a nova e eterna aliança, em seu sangue. Vejamos três verdades sobre a Páscoa cristã:
A primeira, é que Cristo morreu pelos nossos pecados (1Co 15.3). A morte de Jesus não foi um acidente. Ele não morreu porque Judas o traiu por ganância, ou porque o Sinédrio o entregou aos romanos por inveja, ou mesmo porque Pilatos o condenou por covardia e conveniência. Jesus morreu porque o Pai o entregou por amor. Jesus não morreu como mártir, mas como Redentor. Ele morreu pelos nossos pecados. Deus lançou sobre ele a iniquidade de todos nós e ele levou sobre si, no madeiro, os nossos pecados. Ele bebeu o cálice amargo da ira de Deus. Ele sofreu o castigo da lei em nosso lugar e satisfez cabalmente a justiça divina, quando suportou em nosso lugar a condenação que era nossa. Ele morreu a nossa morte para nos dar a vida, a vida eterna.
A segunda, é que Cristo ressuscitou para nossa justificação (Rm 4.25). A morte de Jesus não foi um acidente, e a sua ressurreição não foi uma surpresa. A morte não pode detê-lo. Ele quebrou o aguilhão da morte e matou a morte, ao ressurgir vitoriosamente. A ressurreição de Jesus, em relação ao passado, foi incontestável; em relação ao presente é um artigo de fé; e, em relação ao futuro será uma esperança bendita. Cristo ressuscitou como primícias dos que dormem. Na sua vinda gloriosa, todos os mortos ouvirão sua voz e sairão dos túmulos; uns para a ressurreição da vida e outros para condenação eterna. Agora, não é preciso mais ter medo da morte, pois morrer para o cristão é deixar o corpo e habitar com o Senhor. Os que morrem no Senhor são bem-aventurados.
Finalmente, a terceira é que Cristo voltará para nossa glorificação (1Ts 4.15-17). A volta de Jesus é o ápice da nossa esperança. Ele virá para consumar a história, julgar as nações e estabelecer o seu reino de glória. Ele virá para colocar os seus inimigos debaixo dos pés e reinar com sua igreja para sempre. Ele virá para levar sua noiva para a casa do Pai, onde não haverá mais lágrima, nem pranto, nem dor. A Nova Jerusalém, o paraíso, o céu, é o nosso lar, a nossa pátria, a nossa herança. Lá estaremos para sempre com o Senhor. Lá reinaremos para sempre com Ele. Lá contemplaremos sua face e nos deleitaremos nEle por toda a eternidade!
Que haja sempre gratidão em nosso coração por Jesus, o Cordeiro de Deus, que nos salvou pelo poder do seu sangue bendito; que haja sempre em nós o discernimento de que, a cada participação nossa na Ceia do SENHOR, nós celebramos a tão grande salvação operada pelo nosso Cordeiro pascal, Jesus!
Pr. Marcos Antônio Almeida Paixão
O autor é bacharel em teologia pelo Seminário Teológico Batista do Norte, especialista em Plantação e Revitalização de Igrejas pelo Seminário Presbiteriano do Sul, aluno do curso M. Div. pelo Centro Presbiteriano de Pós-graduação Andrew Jumper e pastor da Igreja Presbiteriana em Parada XV de Novembro.